Ainda me lembro daquele dia...
Chovia torrencialmente, estava um frio cortante e amargo.
Fiquei parada, não sei por quanto tempo, debaixo da chuva, a observar-te, até seres apenas um pequeno ponto na paisagem, apenas mais um ponto.
Ainda ouvia a tua voz – pérfida, gelada. Cada palavra ecoava dentro da minha cabeça, dilacerando a minha alma.
As lágrimas corriam-me pela face, mas ninguém podia dizer se eram minhas ou se era a chuva.
Muitas das nossas memórias são substancialmente alteradas, recordamo-nos de coisas que nunca aconteceram, corrompemos o que realmente aconteceu. Criamos a nossa própria realidade.
"Ao longo do tempo há pormenores que se perdem e as recordações dão lugar à imaginação."
1 comentário:
Olá Margarida, já cá estou...vou contribuir com algumas coisas tb, para já deixo um post de Fernando Pessoa, que adoro e quero partilhar ctg. Beijinhos e vamos dar vida a isto...
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